Nascida e criada no luxo, alimentada pelo snobismo mesquinho da burguesia rural, rodeada por uma mãe histérica, uma tia beata e um pai politiqueiro que. "Conversavam sobre a ambiguidade do género humano, sobre o conhecimento místico do povo, sobre a miséria a felicidade e a fantasia. Desde criança conservava aquela ideia maluca, fugir, mas fugir para onde?! quando um dia, quando a bufa tia veio com a sugestão de que criadas haviam de ser despedidas porque achava serem produto do demónio, Mariana, ela própria incarnando Satã saltou em cima da tia e desfê-la em farrapos. o clima foi-se tornando mais rígido e a um certo ponto foram dar uma estrada sem saída. morde o homem na cara e foge por entre os arbustos e penedos. por entre uma série prédios musguentos encontra aquele que condiz com a morada apontada na sua memória. Caralho! Suspira o ciclista. Mariana apercebe-se que acaba de encontrar algumas seringas."